quinta-feira, 22 de outubro de 2009

21/10/09 – 29º dia – Lagoinha – Jijoca de Jericoacoara.






Localidades Visitadas: Paraipaba, Trairi, Guagirú, Mundaú, Almofala, Itarema, Acaraú e Jijoca de Jericoacoara.
Foi um dia sem surpresas agradáveis. A maioria dos lugares são de pouca atração turística.
A grande atração dês trecho é o Parque Nacional de Jericoacoara. Por essa razão preparei para dormir em Jijoca, cidade próxima, para montar a estratégia de visita do Parque, já que sabia de antemão que a Celestina não daria conta de chegar lá, devido à areia.
Chegando à Jijoca, parei numa padaria para tomar o lnache das 16 hs. Nisso fui abordado por um homem de aparência exótica: careca na frente e cabelo de meio metro na nuca. Pilotava uma moto suja que parecia (e de fato era) montagem de pedaços de outras três motos.
Chegou me chamando de “irmão” e perguntando de que eu precisa. Pensei: “lá vem esses guias turísticos”. Mas como eu precisava, já respondi logo: “preciso de um local para armar minha barraca”. Ele me respondeu: “Pronto! Vai ser lá em casa. Siga-me”.
Pedi-lhe um tempo para pegar uns pães e aproveitei para perguntar se a balconista conhecia aquele sujeito. Ela respondeu: “ele é dono de uma churrascaria”.
Mais tranqüilo, segui o camarada e logo comecei a ver as placas indicativas da Churrascaria do Ávila. Chegando à sua residência, que fica nos fundos do restaurante, ele me mostrou um quarto e disse “esse será seu aposento. Sinta-se como se estivesse na sua casa”.
O Ávila é um sujeito super legal, muito trabalhador (tem o restaurante, presta suporte em informática, dá aula de capoeira e ainda é envolvido com questões sociais) e é apaixonado por motociclismo. Em um vidro do seu negócio tem adesivos de moto clubes do Brasil inteiro. A maioria foi ajuda pelo Ávila, como eu fui.
Essas surpresas são o grande barato das viagens: descobrir que ainda existem pessoas boas nesse mundo.

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