terça-feira, 22 de março de 2011

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

01/11/09 - 40o. dia - Fim da viagem - Morrinhos 4:30 da manhã

RESUMO DA VIAGEM:

DURAÇÃO 40 dias;
Quilômetros rodados 9.046 kn
Litros de combustível 530,8 lts
Média consumo moto 17,04
Gasto com gasolina R$ 1.412,84
Despesas pessoais R$ 1.697,48
Gasto Total na viagem R$ 3.110,32
Média diária de gasto R$ 77,75

Veículo: Moto Honda Shadow 750 cc


Observações gerais:

O que mais me impressionou nessa viagem foi o calor humano das pessoas e a paixão que o brasileiro tem pelas motocicletas. No Ceará uma viatura da polícia me abordou num potos de gasolina para admirar a moto. Outra viatura que ia passando parou. Uma terceira vendo as duas paradas parou também. As pessoas que passavam vendo aquele tanto de policiais, em torno de oito, em volta da moto, paravam também. De repente o posto estava lotado de gente. Fato digno de imprensa.
Conforme já citado, no Maranhão uma blitz me parou e quando fui dar-lhes os documentos eles alegaram que só me pararam para curtir a beleza da máquina.
Não existe dificuldade quando está viajando com uma moto grande. As pessoas sempre ajudam.
Diversas pessoas de moto clubes me paravam para conversar. Os que me deram adesivos são os seguintes:

1 - Macau - RN - Macau moto Clube - www.macaumotoclube.com.br;
2 - São Luis - MA - Moto Clube Anjos da Ilha;
3 - Mossoró - RN - Moto Clube Caracarás do Asfalto;
4 - Natal - RN - Paz em Duas Rodas Mo Clube;
5 - Aracati - CE - Moto Clube Aracati;
6 - Araguaina - TO - Falcões de Aço - www.falcoesdeacomg.cm.br
7 - Canguaretama - RN - Moto Clube Solitários do Asfalto Liberdade e Responsabilidade;

Quero agradecer a todos que me acompanharam e temeram pela minha vida por essas estradas do Brasil.

Para finalizar, quero acrescentar que somos felizes por viver no sul do Estado de Goiás. Lembro-me que Morrinhos e Goiatuba tiveram suas redes de esgotos implantadas na década de 1970 e, até hoje, em muitas cidades do Nordeste, sobretudo no Maranhão, não tem rede de esgoto implantada e, pior, o esgoto corre a céu aberto. Parece que têm preguiça de furar uma fossa séptica.

31/10/09 - 39o dia - Guaraí (TO) - Morrinhos (Go)

Roteiro: Miranorte, Palmas, Porto Nacional, Silvanópolis, Santa Rosa do Tocantins, Natividade, Conceição do Tocantins, Arraias (todas no TO), Campos Belos, Monte Alegre de Goiás, Terezina de Goiás, Alto Paraiso de Goiás, São João da Aliança, São Miguel de Goiàs, Morrinhos (GO), passando por Brasília (DF).

Minha intensão era dormir em Alto Paraiso e conhecer a Chapada dos Veadeiros. Porém, ao mastigar um pão de queijo, apertei meu dente aberto (aquele que abri em Feira de Santana) e a dor não parou mais. Então pensei "com essa dor não vou conseguir dormir. Assim, vou tocar até ela parar".
Cheguei em Morrinhos às 4:30 da madrugada e ela não tinha parado.
Foi uma loucura. Pilotei 1.501 km durante quase 22 horas, só parando para abastecer e relaxar.
Espero não repetir essa façanha nunca mais. O lado positivo foi que, devido ao feriado prolongado de finados, não havia ninguém viajando. Eu tinha a impressão que a estrada era só minha. Mas de vez em quando vinha uns pensamentos "se eu capotar e sair da pista, ninguém me achará". Então tomava mais cuidado.

30/10/09 - 38o. dia - Grajaú (MA) - Guaraí (TO)

Roteiro: Lajeado Novo, Porto Franco, Estreito (MA), Aguianorte, Darcinópolis, Wanderlândia, Araguaina, Nova Olinda, Colinas do Tocantins, Presidente Kennedy e Guaraí (TO).

Nessa altura da viagem, o objetivo maior era a volta para casa. Por isso, com exceção das cidades da beira da estrada, a única que entrei para visitar foi Araguaina, onde almocei.

29/10/09 - 37o. Dia - Miranda do Norte - Grajaú (MA)



Roteiro: São Mateus do Maranhão, Caxuxa, independencia, Capinzal do Norte, Dom Pedro, Presidente, Dutra, Barra da Corda e Grajaú.

Foi um dia muito interessante, por isso vou dividir o relato em três partes:
1a) Na cidade de Presidente Dutra, pela primeira vez, após 48 mil km, a Celestina deu "piripaco". Por volta das 11 horas da manhã, após um abastecimento, ela não quis pegar, indicando bateria fraca.
Porém, após uns empurrões, ela pegou e fui procurar uma oficina.
Na oficina, após informar que o defeito não tinha acontecido antes, um jovem começa a tirar o banco da moto para ter acesso à bateria e a desconectar todo fio que encontrava.
Toda ação dele era relatada previamente, tipo: "vou dar uma carga na bateria, vou lixar os contatos da bateria, vou limpar os contatos dos fusíveis, vou desoxidar os conectores de carga da bateria, vou limpar os contatos do iterruptor de partida", etc.
Para cada afirmação dessa eu ia, mentalmente, atribuindo um valor entre R$ 5 e R$ 10,00. Quando cheguei a R$ 50,00 parei de acrescentar e fiquei tentando encontrar um valor justo para o serviço. Imaginem o quanto foi angustiante para um cara muchiba como eu.
Para evitar esses pensamentos avarentos e diminuir sofrimento, comecei a discutir religião com a matriarca da família que também trabalha na oficina (os mecânicos são pai e filho e mãe e filha os administrativos). Todos riam das minha colocações laicas a respeito da Bíblia.
Enquanto o mecânico montava os fios busquei uma "quentinha" nas imediações e almocei na oficina conversando com a família.
Após limpar todas concexões desde o botão de partida até os cabos de geração de energia, passando pelos fusíveis e bateria, o Wilton me entregou o serviço.
Meus prognósticos mentais tinha fixado um valor entre R$ 30 e R$ 50,00. Porém, o valor atribuído pelo mecânico Wilson e confirmado por todos, me assustou. Foi um valor muito diferente do que eu tinha estabelecido mentalmente.
Quando cheguei, pensei que o tamanho da moto iria influenciar no preço do serviço, mas não tanto conforme ocorreu.
Eles não me cobraram nada. Insisti que esse preço não era justo, mas mesmo assim continuaram firme alegando que não me custaria nada. Naturalmente fiquei muito feliz e, após abraçar todos, fui embora.
O nome da oficina é ESTER MOTOS, fica na cidade de Presidente Dutra, no Maranhão. O mecânico é o Wilton, jovem e muito dinâmico. A sua irmã Carla que irradia simpatia e disposição toma conta das peças e o proprietário o Sr. Estelito. Comandando todos fica a matriarca, que não anotei o nome. Pelo que percebi, ela é muito impositiva na divulgação dos preceitos evangélicos.

2o) Reserva Indígena. Na noite anterior, meus companheiros de "hotel", os caminhoneiros, me amendrotaram muito pela rota que escolhi. Teria que percorrer 25 km de estrada dentro de uma reserva indígena e, segundo eles, os índios são imprevisíveis: fazem barreiras, invadem veículos e assaltam durante a noite.
Disseram que não era para eu parar, porque a beleza e o tamanho da moto poderia interessar-lhes. Recentemente tinham sequestrado um casal de namorados que passavam na reserva com um carro muito bonito.
Esses comentários me amendrontaram e, por esa razão, a tensão e a adrenalina foram altas o dia todo. Porém, a travessia foi totalmente tranquila, exceto pela quantidade e altura dos quebra molas (em torno de 50 obstáculos).
A única coisa que disseram e ocorreu foi que os índios tinham uma faixa obrigando todos os veículos a parar para pedirem dinheiro.
Mas, seguindo uma dica de um policial que me parou na estrada, segui colado num caminhão, quando eles baixaram a faixa para o caminhão eu passei colado sem parar. Ví só eles olhando assustados.
No caminho encontrei diversos indios mas que ficavam somente observando a passagem dos veículos.
Sobre esses guardas foi interessante: Bem antes da reserva, fui parado por uma blitz com 4 guardas super armados (dois deles com metralhadora). Ao parar foram logo fazendo diversas perguntas sobre meu trajeto e sobre a moto. Ao entrgar-lhes os documentos disseram "não precisa documento não. Só paramos você para curtir a beleza dessa máquia". Não sabia se ficava grilado ou feliz; optei pela segunda, principalmente deido ao arsenal dos homens.

3o) Conterrâneo. Na cidade de Grajaú, parei num supermercado para readequar meus suprimentos, quando um garoto aproximou e apontou para um senhor que estava sentado na porta de uma residência e disse que seu pai me convidava para tomar café.
Ao aproximar, o cara disse: "te chamei por admirar motociclista, agora que meu filho me disse que sua moto é de Morrinhos, o prazer é dobrado".
A conversa com esse sujeito extendeu das 17 às 22 horas. Junto com sua esposa e filho me levara para uma pizzaria e deu trabalho para eu rachar a conta.
O nome dessa simpatia é Mario Carvalho, conhecido em Morrinhos e Goiatuba como "cobrinha". Ele nasceu e viveu até a adolescência em Morrinhos e o pós-adolescência em Goiatuba. Por essa razão, diversos personagens das suas divertidas histórias, me eram conhecidas. Na adolescencia trabalhamos em empresas próximas em Goiatuba. Ele lembra de mim, mas eu não me recordei dele.
Nuitos dos seus amigos de infância de Morrinhos são meus conhecidos, inclusive meu grande companheiro Rui Leite.
Nas fotos a oficina e o "cobrinha". Que coincidência, em?

28/10/09 - 36o. dia - Barreirinhas - Miranda do Norte (MA)





Roteiro: Morros, Rosario, São Luis e Miranda do Norte (MA).

Passando por rosário vi uma concessionária Honda e aproveitei para trocar o óleo da celestina, já que a quilometragem aproxima dos 6 mil.
Em São Luis almocei, caminhei pelo centro histórico e pilotei na avenida costeira para conher as praias.
As praias de são Luis são bonitas porém, tenho a impresão que são muito poluídas. Próximo delas tem uma lagoa muido fedida. Pelo odor, parece que todo esgoto da vizinhana cai nela.
Do outro lado tinha onze grandes navios cargueiros parados a poucos qulômetros delas que também deve despejar seus resíduos no mar. Na foto um grupo de irmãos do Moto Clube Anjos da Ilha de São Luis. Um deles me encontrou na rua e chamou os demais para me conhecer e me dar um adesivo
Após pilotar 542 km, parei para dormir num posto de gasolina de Miranda do Norte.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

27/10/09 - 35o. dia - Barreirinhas (MA)


Às 8:20 a agência de turismo foi me pegar na Pousada.
O passeio consiste em descer o rio Preguiça numa canoa que eles chamam de voadeira, levando 13 pessoas mais o piloto.
O piloto vai descento o rio numa velociade bem grande parando de vez em quando para comentar sobre a paisagem.
Foram feitas duas paradas maiores. Uma para subir no farol da Marinha e outra em um pequeno restaurante para um lanche.
Ao meio dia chegou à foz do Rio onde o grupo fica até as 15 horas. Esse lugar deve ser do proprietário da agência, tendo em vista que só existe um restaurante no local, mais nenhuma opção de alimentação. Ali as pessoas comem, bebem e pegam praia em alto mar. A cerveja custa R$ 5,00 e um pedido no restaurante não sai por menos de R$ 50,00. Mas eu, precavido, levei dois pães com presunto e mussarela, castanha de caju e bolacha diet.
A viagem de volta durou 45 minutos em alta velocidade.
Apesar de ser mais demorado e feito embarcado em um rio muito largo e bonito, não gostei muito desse passeio.
Gostei mais da caminhada nos Lençois Maranhenses.